“Até o sol raiá”

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Por Lummarem Santos

A animação Até o Sol Raiá (2007) é uma obra de arte que mergulha profundamente no imaginário vibrante do Nordeste brasileiro. Inicia-se com uma citação de cordel sobre a vida de Lampião o cangaceiro e logo depois mostra um artesão esculpindo um boneco de barro retratando Lampião, o emblemático líder do cangaço. Um acidente inocente acontece quando o artesão fura o dedo com a agulha com que estava esculpindo e o seu sangue acaba dando vida ao boneco. Esse fato agita a pacata vila de argila do artesão.

Print do curta Até o Sol Raiá

O curta-metragem é todo em 3D e mostra as tradições do artesanato em barro e do cangaço, numa referência a esses ícones da cultura nordestina. Além disso, o filme explora temas como tradição, identidade e a relação entre o mundo real e o mundo da imaginação. Ao mesclar elementos do folclore nordestino, como as festas de São João e o artesanato, junto com a tecnologia de animação em 3D, Até o Sol Raiá oferece uma experiência sobre a riqueza cultural da região.

Até o Sol Raiá é um curta que está a todo momento retratando o Nordeste. Dirigido por Fernando Jorge e Leandro Amorim, a trama não é apenas uma animação visualmente cativante, mas é também uma celebração da tradição do povo nordestino, e tudo isso em apenas 12 minutos de duração. A jornada cinematográfica oferece uma experiência sensorial envolvente, onde os sons do forró, com zabumba e sanfona, transportam os espectadores para os ritmos e batidas do sertão. Com uma história envolvente e uma narração habilmente executada, este curta-metragem brilha como um verdadeiro tesouro da cultura brasileira. Uma experiência imperdível para todos que desejam mergulhar na riqueza e diversidade do Nordeste. O curta tem uma ótima animação, uma boa história e uma boa narrativa.

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