Por Thaís Félix
Beatmaker, DJ, percussionista, cantora e compositora e, sobretudo, uma mulher lésbica paraibana. É assim que Luana Flores se apresenta e é com essa diversidade de funções que ela exerce a profissão de multi-artista, se alternando no canto, instrumento, discotecagem e na atuação e produção de clipes e álbuns visuais como o seu “Nordeste Futurista”. Aliando sons tradicionais e ancestrais do sertão, zona da mata e litoral paraibano, Luana se destaca nessa mistura que valoriza o passado e o conecta com o presente e o futuro. No programa Trilhas do Nordeste, produzido pelo Brasil de Fato Pernambuco, ela fala das suas referências e do seu processo de criação.
Luana Flores destaca-se na cena musical por sua abordagem inovadora, explorando temáticas como gênero, sexualidade e território. Como uma das fundadoras do grupo Coco das Manas, um coco feminista paraibano originado em 2016, Luana mergulhou na fusão entre o eletrônico e os ritmos da cultura popular nordestina. Essa experiência foi o ponto de partida para sua jornada focada no empoderamento feminino através da música.
Em 2019, Luana foi reconhecida como a única nordestina na lista das 20 mulheres beatmakers do país e participou da residência artística da RedBull Music Pulso em São Paulo, integrando o time de Jéssica Caitano. Logo em seguida, lançou o single Guerreira de Lança pelo selo potiguar “DOSOL”, acompanhado de um videoclipe em parceria com Luísa Nascim e Saskia, retratando uma gang de mulheres em um cangaço contemporâneo. A artista também lançou uma versão remix da mesma música com Furmiga DUB.
Em 2021, Luana Flores lançou sua primeira produção instrumental com o videoclipe Canto de Proteção, gravado na Paraíba. Foi premiada como Novo Talento no prêmio SIM São Paulo 2020. A artista define sua estética sonora e visual como Nordeste Futurista, mesclando elementos eletrônicos com ritmos da cultura popular nordestina para promover o empoderamento feminino.
O álbum visual Nordeste Futurista, vem colecionando prêmios nas janelas de exibição nos festivais de cinema. Além disso, Luana Flores também gravou com a renomada artista Cátia de França na música Encantarya, fortalecendo ainda mais sua ligação com as raízes culturais nordestinas e enriquecendo seu repertório musical.
A artista disponibilizou o filme com exclusividade à NOIZE e dividiu detalhes do processo de criação da obra audiovisual. Os registros foram feitos entre territórios demarcados e terras quilombolas, espaços onde a artista morou durante um período ao longo da pandemia. As reflexões acerca espaços geográficos, neste caso, o sertão paraibano e o espaço urbano, são uns dos motores do projeto.
Não verifiquei se o resto do texto vem de outros sites, mas espero que avalie a matéria e reescreva o que for necessário com suas palavras, como conversamos em sala de aula.
Assista:
